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  • José Luís Peixoto

MEMMO ALFAMA, LISBOA

Memmo Alfama



Nas inúmeras vezes que subi a Rua do Limoeiro, entre a Sé de Lisboa e o Miradouro de Santa Luzia, nunca imaginei que se virasse ali, numa pequena ruela, a Travessa das Merceeiras, podia chegar a um lugar como este.



É um hotel, há pessoas que dormem lá, que têm a experiência de viver durante um período no coração de Lisboa, mas o que me fez conhecê-lo, por sugestão de uma querida amiga, foi o terraço.


Depois de entrar, subindo escadas, passando de um andar ao seguinte, a decoração vai dando uma boa ideia do tipo de hotel que é, grandes superfícies de branco, linhas limpas, luz, simplicidade e sofisticação ao mesmo tempo.


O terraço é um privilégio. Ao chegar, arrebatado, dei-me conta de que, afinal, sentia enormes saudades de Lisboa. Já vivi tanto nesta cidade. Perante aquela paisagem, cidade e Tejo, tive a noção de que tudo o que passei nestas ruas é incontornável na história da minha vida.

Essa é, claro, uma constatação melancólica. Ainda assim, num fim de tarde como o de ontem, com o céu a passar por todos aqueles tons, há uma melancolia que é solene e nos eleva, daí o fado. Os portugueses sabem isto.


Depois, os dados tripadvisor: cinco estrelas para os excelentes petiscos portugueses, um pisco sour soberbo, a recordar outros horizontes, e a extrema simpatia de quem nos atendeu.


A regressar ainda neste verão.


Texto e fotos de José Luís Peixoto

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